Como identificar a raiva e a depressão em crianças e adolescentes

21/09/2014

No caminho da perda amorosa

Hoje - 21 de setembro - celebramos o dia Internacional da Paz. Os AMIPAZ - Amigos da Paz sem Fronteiras - desde 1999 se dedicam à cultura da Paz e à EDUÇÃO para a PAZ. Conheça e incentive nossos projetos com a sua participação!

amipazeduca.org@gmail.com


        A PAZ é uma escolha de vida mais plena e uma questão de sobrevivência planetária.
Vamos investir mais!

Domingo de paz, semana de paz, trabalho de paz, pensamentos de paz, sentimentos de paz,....
Paz para todos nós! Beijos!
















































                                      No caminho da perda amorosa

  
     Por que  brigamos tanto com a pessoa " amada" ?

       Há momentos acalorados pela discordância que são perigosos para o relacionamento, pois deixam mágoas e traumas difíceis de serem apagados. Brigas repetitivas são o caminho para  a perda amorosa.
 
        O que fazer quando se perde o controle e se fere a pessoa " amada" ?
        Como agir para evitar a perda amorosa anunciada?

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Discordâncias podem ser comunicadas com afeto
     Discordãncias, intolerâncias e impaciências com o parceiro indicam que somos diferentes uns dos outros. Mesmo sendo um casal, há momentos em que temos que lidar com as diferenças inevitáveis.        A dupla amorosa, que optou pela convivência sob o mesmo teto, com certeza, viverá situações de crise emocional e, então, as diferenças gritam mais entre os menos preparados para a vida amorosa. O desentendimento surge quando os problemas são apresentados de modo estressante. As mensagens são trocadas através de  emoções negativas   de modo agressivo e desrespeitoso. Focar na intenção e forma com a quais se dá a conversa, direciona o rumo da prosa para o apaziguamento ou para a briga contundente.

 Quais são os motivos da briga?
     São objetivos, reais, ou são imaginados por  uma mente possessiva, excessivamente carente, arrogante, imatura,  ou fantasiosa? Estas perguntas somente podem ser respondidas por meio do autoconhecimento (investimento pessoal na compreensão de si mesmo). Pessoas compulsivas e obsessivas não conhecem e nem aceitam limites. Assim, tentam impor  seu desejo sobre o do outro desconsiderando as emoções e necessidades do parceiro. Se não conseguem seu intento, tentam manipulações e chantagens emocionais para aprisionar ou submeter o ser amado, Quando as brigas se tornam repetitivas, nutrem mágoas e ressentimentos que deixam cicatrizes, que vão afastando a pessoa amada, explodem em graves conflitos ou em tragédias lamentáveis.

Como evitar brigas ? 
  Um bom começo  é buscar, juntos, as causas e não os culpados. Fazer um inventário das questões articulando um debate franco, porém tranquilo, dando oportunidade um ao outro de livre expressão emocional sem ironias, retaliações ou referências ao passado. Promover uma conversação sem medo e sem um dono da razão. Escutar atento à emoção do companheiro.  Criar o hábito da conversação positiva não tem a ver com a tal  DR ( Discussão da Relação) - tão ridicularizada em que se quer apenas esbravejar ou "vomitar" a raiva.

A reconciliação fortalece a confiança e a lealdade 
   Buscar a transparência no relacionamento amoroso evita gerar a briga encapsulada. Estas querelas constantes desgastam o vínculo amoroso e favorecem  a mumificação dos afetos e o consequente distanciamento, ou a procura de um novo companheiro. Onde existe briga, há ligação  emocional a ser entendida e elaborada com habilidade e honestidade. A conversação é um momento no qual cada parceiro deve expressar suas emoções com gentileza e sinceridade.  Se a dupla não consegue dialogar de modo produtivo, o mais indicado é que busque  orientação no atendimento psicológico fazendo uma terapia de casal com um profissional credenciado.
  Todo relacionamento é um aprendizado que pode conduzir ao amadurecimento pessoal e ao equilíbrio dinâmico indispensável para uma vida mais plena. Afinal, o amor é um compromisso de respeito à pessoa amada. Nas relações nas quais predomina o vínculo de amor,  há um alumbramento e uma luminescência que se estendem para tudo em volta como príncipio e fim da existência. 
                                                                                      

Rosália Monteiro Ferreira
Especialista em Neurociência Aplicada à Aprendizagem, Psicóloga Clínica, Professora, Praticante de Meditação desde 1994, Pesquisadora e Escritora

               Mais informações sobre o assunto no livro " A significação do amor, capítulo 10, ´páginas                  ra terá satisfação em respondê-las.

















17/09/2014

Dependência emocional: relação doentia entre vítima e algoz

Dependência emocional é como ser viciado em drogas. Fique alerta porque ela pode chegar de modo muito sedutor.

Chama-se chantagem emocional ou chantagem psicológica quando determinadas pessoas próximas de a você se sujeitam a ameaças sutis ou grosseiras. Caso a vítima-alvo não ceda,uma série de ameaças dramáticas se sucedem de modo torturador. O processo é muito doentio e muitos relacionamentos assim terminam em tragédias. O algoz e sua vítima se relacionam de modo sado-masoquista e têm prazer no sofrimento. Não existe amor.Existe apego e posse. Para sair de um relacionamento doentio como esse é preciso muita determinação e um sério tratamento psicológico. A manipulação é a ferramenta muito bem usada pelo agente subjugador.

As pessoas chantagistas afetivas são lobos com pele de cordeiro que parecem inofensivas e feridas, quando, na verdade, constituem uma ameaça: recorrem ao medo, ao sentido do dever e ao sentimento de culpa para conseguirem o que querem, negando aos outros o direito de escolha.Elas inibem, ameaçam, chantageiam, agridem, torturam e até matam. Consideram-se sempre as donas da razão. Sua verdade é absoluta. Quando alcançam seus objetivos rodeiam a vítima uma reconfortante intimidade; quando não o conseguem recorrem às mais variadas táticas de dominação usando a sedução, a dramatização, chantagem e a lavagem cerebral.

Conhecem os pontos vulneráveis e secretos de sua vítima e sabem explorar a necessidade de afeto da pessoa carente e ingênua. São autoritárias, orgulhosas e arrogantes. Jamais pedem desculpas ou tem grande dificuldades de reavaliar seus erros. Em geral, sofrem muito, mas são imaturas para pedir ajuda. Elas estão por aí... Na família, no trabalho ou no universo dos amigos. Podem ser o nosso parceiro, um filho, o chefe ou um amante. Parecem preocupar ou amar o outro. No entanto estão incapacitadas de acessar os próprios sentimentos que se encontram bloqueadas.

Pessoas com o comportamento sado-masoquista, realidade aproveitam-se da sua proximidade para obter o que querem a qualquer preço: submeter a pessoa frágil e carente ou aquele que pode ser dominado.Vítima e algoz precisam de tratamento porque o que os une são emoções tóxicas e muito doentias. Estes relacionamentos nada têm que se pareça com amor. É meramente a busca de poder de dominação e exibicionismo para aliviar o próprio sofrimento inconsciente. Quem ama procura fazer o outro feliz. ( Do meu livro Preço dos Apreços)

06/07/2014

Vivências criativas para a vida consciente ( Resumo)


                                                                        O casaco



Justificativa

A iniciativa de promover a produção de texto como um momento de incentivo à criatividade e a descobertas educativas se efetivou mediante a observação da rejeição, resistência e apatia dos alunos para o ato da escrita. Este fato acrescido da constatação de comportamentos inadequados, deseducados, hostilizadores, agressivos entre alunos e até com professores me fizeram pensar promover uma atividade que possibilitasse mudanças. Assim, procurei integrar o ato de escrever como forma de expressão de vivências do aluno permitindo a percepção de novos aprendizados.
Constatando que esses comportamentos eram decorrentes de ideias preconceituosas adquiridas e de hábitos inadequados provenientes do ambiente familiar ou na comunidade onde vivem, considerei a possibilidade de promover vivências que facilitassem a percepção do preconceito como uma deformação derivada da ignorância e a conscientização para os danos gerados pelas diversas formas de agressividade consideradas por eles como “naturais”. Procurei promover a dinâmica incentivando a percepção e a conscientização de emoções envolvidas no processo de cognição, decisões e escolhas na vida.   Ao mesmo tempo, incentivei atividades que permitissem a percepção de formas de mudanças positivas possíveis na vida prática.
A minha visão, como educadora e psicóloga clínica, contribuiu muito facilitando a realização da proposta. Em minhas práticas educativas, considero o aluno como um ser sensível e ético em processo de formação da cidadania solidária. Focando nestes ideais, passei a oferecer momentos de maior reflexão em diversas atividades nas quais os alunos fiquem mais envolvidos. Para isto, busco recursos que aproximem aluno e professor de modo mais descontraído e alegre. Nestas aulas, é muito importante que reflexões estejam associadas à ação compromissada tanto do aluno quanto do professor.
Na oficina de produção de texto, denominada por mim “Vivência Criativa”, o aluno é convidado a expressar suas ideias e emoções vinculadas, pelo menos, a uma ação compromissada.  De acordo com esta proposta, cada aluno se envolve como pessoa integral (corpo-mente-consciência) a fim de que se mobilize, voluntariamente, para o compromisso com a mudança de hábitos orientados para valores humanitários perenes, tais como: gentileza, generosidade, cooperação, solidariedade.
A partir da vontade de incentivar o ato da escrita como forma de refletir e de comunicar mudanças de ideias e sentimentos decorrentes de uma vivência impactante ou instigante, usei a redação como processo criativo, conscientizador e libertador. Observando os comportamentos inadequados que prejudicavam o ambiente escolar e a aprendizagem constatei que tais comportamentos eram decorrentes de ideias preconceituosas adquiridas. Então considerei a possibilidade de promover vivências que facilitassem a percepção do preconceito como uma deformação derivada da ignorância. A partir da visão do aluno como um ser sensível e ético em processo de formação da cidadania solidária, passei a oferecer oficinas de produção de texto nas quais o aluno se envolvesse como pessoa integral (corpo-mente-consciência).
O elemento catalisador (objetos interessantes, notícias, fatos do dia a dia) facilita a inteiração entre o mundo externo e o mundo subjetivo promovendo o aprendizado através do processo de sensibilização. Esta proposta surgiu a partir da constatação de que a vida nos oferece fatos rotineiros que podem enriquecer nosso aprendizado quando observados com atenção mais focada. O ponto muito enriquecedor é transformar a sala de aula em laboratório vivencial, pois a experiência favorece novas conexões neurais (neuroplasticidade) como fator determinante da efetivação do processo de aprendizagem de acordo com os estudos da neurociência.


                                                     


                                                                                                   
                                     
Objetivos

A oficina objetiva:

1. Produzir textos narrativos com clareza, objetividade e criatividade.
2. Usar a escrita como ato criativo para expressar vivências empregando a Língua Portuguesa.
3. Incentivar a autoestima através do reconhecimento dos próprios valores e potencialidades como ser humano ético.
4. Promover a reeducação de hábitos através da percepção, análise e discussão por meio da autoconscientização.
5. Facilitar mudanças transformadoras positivas para hábitos mentais incentivando atitudes objetivadas para valores humanísticos perenes.
6. Contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes, solidários e compromissados com sua própria vida, com o grupo social onde vivem e com o meio ambiente de paz.
                                                     
                                                   
                                                           
Metodologia

Foi utilizado um objeto com características inesperadas para uma sala de aula - casaco velho, desbotado, bem furado e remendado -, a fim de se manter a atenção fixa e favorecer a curiosidade. A dinâmica ocorreu através de uma sequência de ações que os mantivesse atentos, integrados e motivados.
      A oficina realizou-se em 14 etapas sequenciadas e correlacionadas:

1. Ao iniciar a aula, disse à turma que gostaria de compartilhar com eles o presente que ganhara. Abri a sacola lentamente, a fim de provocar curiosidade.
2. Mostrei um casaco velho, com vários furos, rasgado, remendado, já desbotado e com a inscrição “ATITUDE” estampada em vermelho.
3. Coloquei o casaco num cabide pendurado em uma cadeira sobre a mesa.
4. Fiz intervenções perguntando sobre o que pensavam a respeito do dono daquele casaco.
5. As respostas foram escritas no quadro. Os qualificativos atribuídos àquele a quem o casaco pertencera estavam diretamente associados às crenças dos alunos. A adjetivação, em grande maioria, estava relacionada a aspectos derivados de preconceitos, crenças e a aspectos considerados negativos associados à aparência do casaco: mendigo, negro, vagabundo, paraíba, preguiçoso, porco, ladrão, pobre,  medroso etc.
6. O casaco circulou entre os alunos para que o tocassem e procurassem observar as sensações e sentimentos evocados pelo contato com o mesmo.
7. Fiz um convite a quem desejasse vestir o casaco. Um aluno, mais extrovertido, se propôs e realizou a tarefa com bom humor e recolocando-o no cabide.
8. Relatei aos alunos a história do ex-dono do casaco e citei suas características: profissional de nível superior, pós- graduado em análise de sistemas, graduado em duas faculdades, professor, músico, pai de dois filhos, voluntário em ações sociais, generoso e amigo das crianças. Em seguida, perguntei-lhes o que pensavam sobre o perfil do homem e dos adjetivos que estavam expostos no quadro. Os alunos verificaram que haviam determinado o perfil dele pela aparência do casaco e pela ideia que eles têm sobre pobreza.  A relação entre fato e opinião foi amplamente discutida. Os alunos apresentaram argumentações variadas para suas teses sobre o tema da redação: “O casaco”.
9. Convidei a turma à produção de texto e solicitei que escolhessem um dos tipos de narrativa já estudados: crônica, conto, notícia e  história em quadrinhos.
10. Para facilitar a concentração, coloquei para tocar uma das sinfonias de Mozart.
11. Após a tarefa, três redações foram sorteadas por um aluno convidado. Em seguida elas foram lidas pelos seus autores, sendo todos aplaudidos pelos colegas.
12. Os alunos foram convidados a fazerem uma avaliação sobre a atividade.
13. As fotos tiradas do passo a passo da oficina foram exibidas para a turma ao término da atividade.
14. As redações foram corrigidas, comentadas, fixadas no mural da sala e encaminhadas para serem publicadas no blog da escola juntamente com as fotos da vivência.
15. O ex-dono do casaco recebeu as fotos da vivência e os textos produzidos pelos alunos tendo ficado muito gratificado e emocionado.
16. Os alunos do sétimo ano da E. M. Prof. Teófilo Moreira da Costa receberam uma mensagem do ex-dono do casaco elogiando a iniciativa da professora e o excelente desempenho da turma.


                                                             
                                                   




                                                                         
Avaliação

A turma se mostrou interessada, receptiva e intrigada com a proposta inusitada tendo agido de modo cooperativo; no entanto, apesar da estranheza, poucos mostraram rejeição à proposta; outros pensaram que era uma brincadeira. Porém, no transcorrer da atividade, foram se envolvendo até que todos ficaram atentos, questionadores e, na hora da produção do texto, ficaram bastante concentrados no ato da escrita. Os textos foram bem criativos e muitos alunos destacaram a importância de “olhar” com mais atenção para os fatos. Os alunos deram importância à descoberta de que se deve integrar razão e emoção de modo equilibrado evitando agir baseado apenas nos hábitos já aprendidos.
A causa principal para a criação da oficina foi verificar a dificuldade e o desinteresse dos alunos do sétimo ano para escrever textos.
Ficou bem claro que os alunos gostaram da novidade e mostraram capacidade de reconhecer a importância da redação como ato criativo através do qual pode se expressar como pessoa individuacionante permanente em processo de aprendizagem. Um ponto relevante foi a conscientização para o fato de que apriorismos levam a julgamentos, a injustiças e erros.
Dentre as consequências da atividade proposta observei o aumento da capacidade de atenção e de concentração bem como disposição para participar da experiência proposta. Outra consequência foi terem trabalhado de modo mais silencioso, em cooperação discreta e com respeito entre si. Esta atividade vem contribuindo para que a turma se destaque na escola pelo seu desempenho. Muitos alunos têm relatado que a oficina é bastante interessante porque aprendem mais sobre si mesmos e sobre como viver melhor.
Durante a entrega dos textos corrigidos, elogiei o excelente desempenho da turma, evidenciei e corrigi alguns erros atribuindo conceitos pela participação nas diversas etapas da oficina. Os melhores trabalhos foram expostos no mural e no blog da escola.  Alunos que mostraram mudança de atitude foram elogiados e aplaudidos. Para o fechamento, as melhores redações foram lidas e seus autores receberam livros como premiação.
                                                                                                 
Autoavaliação

Procurei manter a atenção e atitude solícita para que todos participassem da atividade.  Incentivei a realização da tarefa de modo afetivo e alegre integrando os alunos mais dispersos e oferecendo apoio àqueles com mais dificuldades. Estive atenta oferecendo o feedback para todas as etapas da oficina. Gostei muito da vivência porque seus objetivos foram alcançados. Senti-me gratificada porque o trabalho foi rico em detalhes, emocionante e surpreendente.
Para realizar esta dinâmica, de modo a incentivar a criatividade e sensibilizar os alunos, contei com a experiência de muitos anos de magistério público e privado nos vários níveis, muita dedicação aos estudos e pesquisas e muitos anos exercendo a clínica como psicóloga. A tarefa foi realizada sem interrupções com determinação e comprometimento para a realização dos objetivos.
O grande aprendizado foi o de que todo aluno e toda turma podem surpreender e mostrar novas capacidades se o educador acreditar na educação e na essência do ser humano e que todo professor sempre é o primeiro a se beneficiar daquilo que ensina se for capaz de perceber, com humildade, que a relação aluno-professor é um contínuo e gratificante aprender a aprender.


                                                                   




04/07/2014

Mantras: Pesquisas em Neurociência



                                                  A contribuição da Escola de Meditação Transcendental
                 
                                             
                                                     
                                                                O que é mantra?
                                   

                             O que acontece com o cérebro de quem recita mantras?
         

Meditação Vipassana com presidiários na Índia







É possível promover  a reeducação através da meditação?








Meditação






                                                  O que é meditar?

                                                   Por que meditar?


                                    Quais são os benefícios da meditação?


                                   Qualquer pessoa pode meditar?




                                                           Como meditar


                                                         Lama Michel Rimpoche

O que é mandala?

                                                                                                       

                                                                   Rosália Monteiro

          O processo de construção de uma mandala é uma forma de meditação constante. Há mandalas feitas com areia coloridas originárias da Índia. São divididas em quatro partes e funcionam como exercício de meditação e contemplação. A arte da mandala, no Budismo, é uma forma de  preparar meditadores principiantes para o estudo do significado da iluminação ( liberação de todo tipo de  sofrimento e conflitos  humanos).


                                                         


   
            No processo da construção de uma madala, a arte transforma-se numa experiência transcendental (espiritual ou religiosa) e a experiência espiritual transforma-se em arte. Depois de construída, a mandala  torna-se  uma construção extremamente colorida e harmônica. Após sua apresentação, é desmanchada; a areia é depositada, geralmente, na água ou soprada no espaço. Esta prática favorece o treinamento para o desapego.

                                         Quais os benefícios da arte da Mandala?      

             Desenhar ou pintar mandalas pode funcionar como forma de psicoterapia, como meditação ou como uma atividade psicopedagógica, pois favorece a  geração de  novas conexões cerebrais e promove  melhoria das redes neurais envolvidas com processos de aprendizagem.

            Trabalhar com mandalas é uma  vivência muito eficaz porque conbribui para a neuroplascidade trazendo  muitos benefícios:  desenvolve a atenção, favorece a concentração; acalma a mente, fortalece a capacidade de memorização,  facilita a aprendizagem de hábitos mais positivos como a paciência, a organização e a disciplina. Quando a mandala é praticada com perseverança e continuidade, sendo associada a outras práticas de meditação, pode  promover  estágios mais avançados de consciência.



                                                           
   

       Mandalas realizadas pelos alunos da Escola Municipal Prof. Teófilo Moreira da Costa - RJ






26/06/2014

Dependência Emocional é como ser viciado em drogas

Dependência emocional é como ser viciado em drogas. Fique alerta porque ela pode chegar de modo muito sedutor.

Chama-se chantagem emocional ou chantagem psicológica quando determinadas pessoas próximas de a você se sujeitam a ameaças sutis ou grosseiras. Caso a vítima-alvo não ceda,uma série de ameaças dramáticas se sucedem de modo torturador. O processo é muito doentio e muitos relacionamentos assim terminam em tragédias. O algoz e sua vítima se relacionam de modo sado-masoquista e têm prazer no sofrimento. Não existe amor.Existe apego e posse. Para sair de um relacionamento doentio como esse é preciso muita determinação e um sério tratamento psicológico. A manipulação é a ferramenta muito bem usada pelo agente subjugador.
As pessoas chantagistas afetivas são lobos com pele de cordeiro que parecem inofensivas e feridas, quando, na verdade, constituem uma ameaça: recorrem ao medo, ao sentido do dever e ao sentimento de culpa para conseguirem o que querem, negando aos outros o direito de escolha.Elas inibem, ameaçam, chantagiam, agridem, torturam e até matam. Consideram-se sempre as donas da razão. Sua verdade é absoluta. Quando alcançam seus objetivos rodeiam a vítima uma reconfortante intimidade; quando não o conseguem recorrem às mais variadas táticas de dominação usando a sedução, a dramatização, chantagem,  a lavagem cerebral e a humilhação.
Conhecem os pontos vulneráveis e secretos de sua vítima e sabem explorar a necessidade de afeto da pessoa carente e ingênua. São autoritárias, orgulhosas e arrogantes. Jamais pedem desculpas ou tem grande dificuldades de reavaliar seus erros. Em geral, sofrem muito, mas são imaturas para pedir ajuda. Elas estão por aí... Na família, no trabalho ou no universo dos amigos. Podem ser o nosso parceiro, um filho, o chefe ou um amante. Parecem se  preocupar ou amar o outro. No entanto estão incapacitadas de acessar os próprios sentimentos que se encontram bloqueadas. Pessoas com o comportamento sado-masoquista, na  realidade,  aproveitam-se da sua proximidade para obter o que querem a qualquer preço: submeter a pessoa frágil e carente ou aquele que pode ser dominado.Vítima e algoz precisam de tratamento porque o que os une são emoções tóxicas e muito doentias. Estes relacionamentos nada têm que se pareça com amor. É meramente a busca de poder de dominação e exibicionismo para aliviar o próprio sofrimento inconsciente. Quem ama procura fazer o outro feliz. O ( Do meu livro Preço dos Apreços)

Foto: Dependência emocional é como ser viciado em drogas. Fique alerta porque ela pode chegar de modo muito sedutor.

Chama-se chantagem emocional ou chantagem psicológica quando determinadas pessoas próximas de a você se  sujeitam a ameaças sutis ou grosseiras. Caso a vítima-alvo  não ceda,uma série de ameaças dramáticas se sucedem de modo torturador. O processo é muito doentio e muitos relacionamentos assim terminam em tragédias. O algoz e sua vítima se relacionam de modo sado-masoquista e têm prazer no sofrimento. Não existe amor.Existe apego e posse.    Para sair de um relacionamento doentio como esse é preciso muita determinação e um sério tratamento psicológico. A  manipulação é a ferramenta muito bem usada pelo agente subjugador. 
As pessoas chantagistas afetivas são lobos com pele de cordeiro que parecem inofensivas e feridas, quando, na verdade, constituem uma ameaça: recorrem ao medo, ao sentido do dever e ao sentimento de culpa para conseguirem o que querem, negando aos outros o direito de escolha.Elas inibem, ameaçam, chantagiam, agridem, torturam  e até matam. Consideram-se sempre as donas da razão. Sua verdade é absoluta.  Quando alcançam seus objetivos rodeiam a vítima uma reconfortante intimidade; quando não o conseguem recorrem às mais variadas táticas de dominação usando a sedução, a dramatização, chantagem e a lavagem cerebral. 
Conhecem os pontos vulneráveis e secretos de sua vítima e sabem explorar a necessidade de afeto da pessoa carente e ingênua. São autoritárias, orgulhosas e arrogantes. Jamais pedem desculpas ou tem grande dificuldades de reavaliar seus erros. Em geral, sofrem muito, mas são imaturas para pedir ajuda. Elas estão por aí... Na família, no trabalho ou no universo dos amigos. Podem ser o nosso parceiro, um filho, o chefe ou um amante. Parecem preocupar ou amar o  outro. No entanto estão incapacitaas de acessar os próprios sentimentos que se encontram bloqueadas. Pessoas com o comportamento sado-masoquista, realidade aproveitam-se da sua proximidade para obter o que querem a qualquer preço:  submeter a pessoa frágil e carente ou aquele que pode ser dominado.Vítima e algoz precisam de tratamento porque o que os une são emoções tóxicas e muito doentias.  Estes relacionamentos nada têm que se pareça com amor. É meramente a busca de poder de dominação e exibicionismo para aliviar o próprio sofrimento inconsciente. Quem ama procura fazer o outro feliz. O  ( Do meu livro Preço dos Apreços)

       
                                                   Desafios


      Nossos problemas são desafios nossos, colocados a nossa frente a fim de que possamos avançar, retirar nossas amarras nos lançando ao mar da evolução.

      Ignorar os problemas e conflitos, deixa-nos indefesos e expostos as suas consequências...

       

                                                      Texto transcrito do livro "Acoragem de ser você mesmo"


Questões que podem ajudar à  autoconscientização;


1. Por que isto acontece comigo?

2. Como esta situação foi gerada?

3. Quais são as minhas caractrísticas que faciltaram tal acontecimento?

4. O que posso fazer para sair desta condição?

5. Com quem posso contar?

6. Quais são os recurso de que disponho?

7. Qual o meu traço forte que pode me impulsionar para uma transformação positiva?

8. Que prática posso fazer para manter o equilíbrio nesse momento?





Estudos, Pesquisas e Experimentos

PROJETO

Efeitos Eletrofisiológicos e Neuropsicológicos da Meditação
Rosália Monteiro

INSTITUTO DE PSIQUIATRIA – IPUB/UFRJ
LABORATÓRIO DE MAPEAMENTO CEREBRAL E INTEGRAÇÃO SENSÓRIO-MOTORA
ORIENTADOR: ALAIR PEDRO RIBEIRO

Rio de Janeiro
2013


                                   Projeto
 Comparação entre a distribuição topográfica da ativação cortical entre indivíduos durante a prática de meditação através de potencial relacionado a evento.

Meditação e Eletroencefalografia - EEG

                                 


INSTITUTO DE PSIQUIATRIA - IPUB
Centro de Ciências da Saúde - CCS
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ


MEDITAÇÃO E ELETROENCEFALOGRAFIA – EEG
Perspectivas da Neurociência para a compreensão ao problema mente-cérebro-consciência

Rosália  Monteiro 


Monografia apresentada no Instituto de Psiquiatria – IPUB da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como requisito final do Curso de Especialização em Neurociências Aplicadas à Aprendizagem em 2010.

 RESUMO
    Recentes estudos, através da Eletroencefalografia (EEG) e Neuroimagens,  evidenciam que a prática da meditação(MD) pode gerar ondas cerebrais variadas e, mais excepcionalmente, ondas gama. Há indicações de mudanças neurais, químicas e comportamentais em processos de aprendizagem através da  prática de  MD. Pesquisas constatam alteração da resposta de estresse: medo-fuga para resposta de relaxamento psicoemocional indicadora de ser humano mais sereno e compassivo bem como de estados alterados de consciência.  Estas atividades são observadas em praticantes da Autocura Tântrica II. Esta prática mostra-se indicada para estudos de integração sensório-motora através do EEG porque  inclui atividades cognitivas, perceptuais  e sensório-motores.  

Palavras-chave: 

Meditação, Mente, Consciência, Eletroencefalografia, Neurofisiologia, Aprendizagem, Neuroplasticidade, Neurônios Espelho, Neuromodulação, Estados Modificados de consciência. 


Orientadores : Eduardo Cardoso Júnior e Antônio Sanfim 

24/06/2014

Mandalas : O movimento circular

                                “O MOVIMENTO CIRCULAR E O ...
                                                  
                                                                     Por C.G. Jung e R. Wilhelm

       A união dos opostos  num nível mais alto da consciência, como já mencionamos, não é uma questão racional e muito menos uma questão de vontade, mas um processo de desenvolvimento psíquico, que se exprime em símbolos. Historicamente, este processo sempre foi representado através de símbolos e ainda hoje o desenvolvimento da personalidade individual é figurado mediante imagens simbólicas. Tais fatos se me apresentaram da seguinte maneira: os produtos das fantasias espontâneas, de que tratamos acima, se aprofundavam e se concentravam progressivamente em torno de formações abstratas, que parecem representar “princípios”, no sentido dos “archai” gnósticos. Quando as fantasias tomam a forma de pensamentos, emergem formulações intuitivas de leis ou princípios obscuramente pressentidos, que logo tendem a ser dramatizados ou personificados. (Voltaremos depois a este ponto). Se as fantasias forem desenhadas, comparecem símbolos que pertencem principalmente ao tipo do “mandala”. Mandala significa círculo e particularmente círculo mágico. Os mandalas não se difundiram somente através do oriente, mas também são encontrados entre nós. A Idade Média e em especial a baixa Idade Média é rica de mandalas cristãos. Em geral o Cristo é figurado no centro e os quatro evangelistas ou seus símbolos, nos pontos cardeais. Esta concepção deve ser muito antiga, porquanto Horus e seus quatro filhos foram representados da mesma forma, entre os egípcios. (Como se sabe, Horus e seus quatro filhos têm uma relação estreita com Cristo e aos quatro evangelistas). Mais tarde, encontramos um inegável e interessante mandala em Jacob Boheme, em seu livro sobre a alma. É evidente que ele representa um sistema psicocósmico, de forte coloração cristã. É o “olho filosófico”, ou o “espelho da sabedoria”, denominações estas que mostram de modo claro tratar-se de uma summa de sabedoria secreta. A maioria dos mandalas tem a forma o quatérnio, o que lembra o número básico: a tetraktys de uma flor, de uma cruz ou roda, tendendo nitidamente para pitagórica. Entre os índios Pueblo os mandalas são desenhados na areia, para uso ritual. Entretanto, os mandalas mais belos são os do budismo tibetano. Os símbolos de nosso texto acham-se representados nesses mandalas. Encontrei também desenhos mandálicos entre doentes mentais, entre pessoas que certamente não tinham qualquer idéia das conexões aqui mencionadas.
Algumas de minhas pacientes de sexo feminino não desenhavam, mas dançavam mandalas. Na Índia, isto se chama: mandala nritya, que significa dança mandálica. As figurações da dança têm o mesmo sentido que as do desenho. Os próprios pacientes quase nada podem dizer acerca do sentido simbólico dos mandalas, mas se sentem fascinados por eles. Reconhecem que exprimem algo e que atuam sobre seu estado anímico subjetivo.
Nosso texto promete “revelar o segredo da Flor de Ouro do grande Uno”. A flor de outro é a luz, e a luz do céu é o Tao. A flor de outro é um símbolo mandálico que já tenho encontrado muitas vezes nos desenhos de meus pacientes. Ela é desenhada a modo de um ornamento geometricamente ordenado, ou então como uma flor crescendo da planta. Esta última na maioria dos casos é uma formação que irrompe do “fundo da obscuridade, em cores luminosas e incandescentes, desabrochando no alto sua flor de luz (num símbolo semelhante ao da árvore de Natal). Tais desenhos exprimem o nascimento da flor de outro, pois, segundo o Hui Ming Ging, a “vesícula germinal” é o “castelo de cor amarela”, o “coração celeste”, os “terraços da vitalidade”, o “campo de uma polegada da casa de um pé”, a “sala purpúrea da cidade de jade”, a “passagem escura”, o “espaço do céu primeiro”, o “castelo do dragão no fundo do mar”. Ela é também chamada a “região fronteiriça das montanhas de neve”, a “passagem primordial”, o “reino da suprema alegria”, o “país sem fronteiras” e o “altar sobre o qual consciência e vida são criadas”. “Se o agonizante não conhecer este lugar germinal”, diz o Hui Ming Ging, “não em encontrará a unidade de consciência e vida nem mesmo em mil nascimentos, ou dez mil eons”.
O princípio, no qual tudo ainda é um e que portanto parece ser a meta mais alta, jaz no fundo do mar, na escuridão do inconsciente. Na vesícula germinal, consciência e vida (ou “essência”e “vida”, isto é, sing-ming) são ainda “uma só unidade”, “inseparavelmente misturada como a semente do fogo no forno da purificação”. “Dentro da vesícula germinal está o fogo do soberano”. “Todos os sábios começaram a sua obra pela vesícula germinal”. Notem-se as analogias com o fogo. Conheço uma série de desenhos de mandalas europeus, onde aparece uma espécie de semente vegetal envolta em membranas, flutuando na água. A partir do fundo, o fogo sobe e penetra a semente, incubando-a de tal modo, que uma grande flor de outro cresce da vesícula germinal.
Esta simbólica refere-se a uma espécie de processo alquímico de purificação e de enobrecimento; a escuridão gera a luz e a partir do “chumbo da região da água”cresce o ouro nobre; o inconsciente torna-se consciente, mediante um processo de vida e crescimento. (Em total analogia com isto, lembremos a kundalini da ioga hindu). Desse modo se processa a unificação de consciência e vida.
Quando meus pacientes projetam tais imagens, não o fazem sob sugestão; elas ocorriam muito antes que eu conhecesse seu significado ou suas relações com as práticas do oriente. Essas imagens  brotam espontaneamente de suas fontes. Uma delas é o inconsciente, que produz de modo natural fantasias dessa espécie. A outra fonte é a vida que, quando vivida com plena devoção, proporciona um pressentimento do si-mesmo, da própria essência individual. Ao expressar-se esta última nos desenhos, o inconsciente reforça a atitude de devoção à vida. De acordo com a concepção oriental, o símbolo mandálico não é apenas expressão, mas também atuação. Ele atua sobre seu próprio autor. Oculta-se neste símbolo uma antiqüíssima atuação mágica, cuja origem é o “circulo de proteção”, ou “círculo encantado”, cuja magia foi preservada em numerosos costumes populares. A meta evidente da imagem é traçar um “sulcus primigenius”, um sulco mágico em redor do centro, que é o templo ou temenos (área sagrada) da personalidade mais íntima, a fim de evitar uma possível “efluxão”ou preservá-la, por meios apotropaicos, de uma eventual distração devido a fatores externos. As práticas mágicas não são mais do que projeções de acontecimentos anímicos, que refluem sobre a alma como uma espécie de encantamento da própria personalidade, isto é, o refluxo da atenção apoiada e mediada por um grafismo. Em outras palavras, é a participação de uma área sagrada interior, que é a origem e a meta da alma. É ela que contém a unidade de vida e consciência, anteriormente possuída, depois perdida, e de novo reencontrada.
A unidade de vida e consciência é o Tao, cujo símbolo, a luz branca central, é semelhante à que é mencionada no Bardo Todol. Esta luz habita na “polegada quadrada”, no “rosto”, isto é, entre os dois olhos. Trata-se da visualização do “ponto criativo”, cuja intensidade é desprovida de extensão, e que deve ser pensada juntamente com o espaço da “polegada quadrada”, símbolo daquilo que tem extensão. Ambos reunidos são o Tao. A essência ou consciência (sing) se exprime mediante o simbolismo da luz e representa a intensidade. A vida (ming) deverá pois coincidir com a extensão. O caráter da primeira é yang, enquanto que o da segunda é yin. A mandala já mencionada de uma jovem sonâmbula de quinze anos, que observei há trinta anos, tem no centro uma “fonte de energia da vida” sem extensão, cuja emanação espontânea colide com um princípio espacial oposto, em perfeita analogia com a idéia fundamental do texto chinês.
O “aproximar-se circundando”, ou “circumambulatio”, exprime-se, em nosso texto, através da idéia de “circulação”. Esta última não significa apenas o movimento em círculo, mas a delimitação de uma área sagrada por um lado e, por outro, a idéia de fixação e concentração; a roda do sol começa a girar, isto é, o sol é vivificado e inicia seu caminho; em outras palavras, o Tao começa a atuar e assume a direção. A ação converte-se em não-acão; tudo o que é periférico é subordinado à ordem que provém do centro. Por isso se diz: “O movimento é outro nome para significar domínio”. Psicologicamente, a circulação seria o ato de “mover-se em círculo em torno de si mesmo”, de modo que todos os lados da personalidade sejam envolvidos. “Os pólos de luz e de sombra entram no movimento circular”, isto é, há uma alternância de dia e noite.
   “A claridade do paraíso se alterna com a mais profunda e terrível das noites”.
O movimento circular também tem o significado moral da vivificação  de todas as forças luminosas e obscuras da natureza humana, arrastando com elas todos os pares de opostos psicológicos, quaisquer que sejam. Isto significa autoconhecimento através da auto-incubação (o “tapas” indu). Uma representação originária e análoga do ser perfeito é o homem redondo de Platão, que reúne os dois sexos.
Encontramos um dos paralelos mais impressionantes em relação ao que acabamos de dizer, na descrição que EDWARD MAITLAND, colaborador de ANNA KINGSFORD, esboçou acerca de sua experiência central. Na medida do possível usarei suas próprias palavras. Ele descobrira que ao refletir sobre  uma idéia, era como se idéias afins ganhassem viabilidade, em longas séries. Aparentemente, remontavam até sua fonte e esta, para ele, era o espírito divino. Concentrando-se nessas séries, ele tentou avançar até sua origem.
“Eu não dispunha de qualquer conhecimento, nem tinha qualquer expectativa quando me decidi a fazer esta experiência. Simplesmente, estava cônscio dessa capacidade... sentado à minha escrivaninha, pronto para anotar os acontecimentos segundo as series em que se sucediam. Resolvi manter a consciência externa e periférica, sem preocupar-me com o distanciamento de minha consciência interna e central. Não sabia se poderia voltar à primeira, caso a deixasse, nem se poderia lembrar-me dos acontecimentos experimentados. Mas finalmente o consegui, com um grande esforço; a tensão provocada pelo esforço de manter os dois extremos da consciência ao mesmo tempo era considerável! No começo senti como se estivesse subindo uma longa escadaria, da periferia para o ponto cósmico, o solar e o meu próprio. Os três sistemas eram diversos e, ao mesmo tempo, idênticos... Finalmente, num último esforço... consegui concentrar os raios de minha consciência no foco almejado. Nesse instante, como se uma repentina combustão fundisse todos os raios numa unidade, ergueu-se diante de mim uma prodigiosa, inefável luz branca e brilhante cuja força era tão intensa que quase caí para trás... Sabendo intimamente que não era necessário perscrutar além dela, decidi certificar-me de novo;  tentei atravessar esse brilho que quase me cegava, a fim de ver o que continha. Com grande esforço o consegui... Era a dualidade do Filho... o oculto tornara-se manifesto, o indefinido, definido, o não-individuado, individuado: Deus como Senhor, que prova através de sua dualidade, que é substancia e força, amor e vontade, feminino e masculino, mãe e pai”.
Assim, ele considerou Deus como dois em um, da mesma forma que o homem. Além disso, observou algo que é sublinhado em nosso texto, isto é, a “suspensão da respiração”. Afirma que a respiração comum cessa, dando lugar a uma respiração interna, como se outra pessoa, alheia a seu organismo físico, respirasse por ele. Acrescenta que tal ser poderia consubstanciar a “enteléquia” de Aristóteles, ou o “Cristo interno” do apóstolo |Paulo, “a individualidade espiritual e substancial engendrada dentro da personalidade física e fenomênica representando, portanto, o renascimento do homem num plano transcendental”.
Esta experiência autêntica contém todos os símbolos essenciais do nosso texto. O próprio fenômeno, isto é, a visão da luz, é uma experiência comum a muitos místicos, e indubitavelmente muito significativa, pois em todas as épocas e lugares compareceu como o incondicionado, reunindo em si a maior for;Ca e o sentido mais profundo. HILDEGARD VON BINGEN, personalidade significativa (mesmo deixando de lado sua mística), escreve acerca de uma visão central que teve bem semelhante à experiência acima citada:
“Desde minha infância”, diz ela, “vejo constantemente uma luz em minha alma, mas não com o olhar externo, ou através dos pensamentos do coração; os cinco sentidos também não tomam parte nesta visão. A luz que percebo não se localiza, mas é muito mais clara do que uma nuvem transpassada pelo sol. Não consigo distinguir nela nem altura, nem largura ou comprimento... O que vejo e aprendo nessa visão perdura por muito tempo em minha memória. Vejo, ouço e sei ao mesmo tempo, e aprendo o que sei num instante... Não reconheço nenhuma forma nesta luz, se bem que de vez em quando nela vejo outra luz que, para mim, se chama a luz viva... enquanto a contemplo me rejubilo, e toda a dor e tristeza se desvanecem na minha memória...”
Por minha parte, conheço poucas pessoas que tiveram tais vivencias por experiência direta. Na medida em que posso alcançar um fenômeno deste tipo, acho que se trata de um estado de consciência agudo, intenso e abstrato, de uma consciência “isenta” (v. abaixo) como HILDEGARD indica, tal estado permite a conscientização de campos do acontecer anímico, que de outro modo ficariam encobertos pelo obscuro. O fato de que em conexão com tal experiência haja um desaparecimento freqüente das sensações gerais do corpo, indica que é retirada destas últimas suas energias específica; provavelmente, mediante sua transformação, a lucidez da consciência é exaltada. De um modo geral, o fenômeno é espontâneo, aparecendo ou desaparecendo por impulso próprio. Seu efeito é espantoso e quase sempre soluciona complicações anímicas, liberando a personalidade interna de confusões emocionais e intelectuais, e criando assim uma unidade de ser, experimentada em geral como uma “liberação”.
A vontade consciente não pode alcançar uma tal unidade simbólica, uma vez que a consciência, nesse caso, é apenas uma das partes. Seu opositor é o inconsciente coletivo que não compreende a linguagem da consciência. É necessário contar com a magia dos símbolos atuantes, portadores das analogias primitivas que falam ao inconsciente. Só através do símbolo o inconsciente pode ser atingido e expresso; este é o motivo pelo qual a individuação não pode, de forma alguma, prescindir do símbolo. Este, por um lado, representa uma expressão primitiva do inconsciente e, por outro, é uma idéia que corresponde ao mais alto pressentimento da consciência.
O desenho mandálico mais antigo que conheço é a “roda do sol” paleolítica, recentemente descoberta na Rodésia. Ela também se baseia no número quatro. Sinais que remontam a uma tal antiguidade da história humana repousam naturalmente, nas camadas mais profundas do inconscientes e são captados lá, onde a linguagem consciente se revela de uma impotência total. Tais realidades não devem servir de campo para a imaginação, mas sim crescer novamente das profundezas obscuras do esquecimento, a fim de expressar os pressentimentos extremos da consciência, e a intuiç    ão mais alta do espírito: assim se funde a unidade da consciência presente com o passado originário da vida.

Educação para a Paz

Se não houver frutos, 

              Valeu a beleza das flores.


                                Se não houver flores,

                                              Valeu a sombra das folhas.


                                                                   Se não houver folhas,

                                                                                Valeu a intenção da semente.


                                                                           Resultado de imagem para orquidea pomba da paz                         Autor desconhecido




                            Neuróbica: A ginástica Cerebral
                         Você sabia que seu cérebro pode se manter   vivo e criativo?              

                                                                                  Rosália Monteiro

      É uma nova proposta da Neurociência para manter o cérebro vivo e criativo. É também denominada de  ginástica cerebral ou neurofitness.

      São atividades para promover exercícios cerebrais  que ativam conexões entre neurônios promovendo também novas redes neurais (neuroplasticidade). Isto favorece a aprendizagem adulta contínua e permanete.  neucomo se fosse a prática de uma actividade física regular ou uma ida ao ginásio.
  O cérebro pode  ampliar suas redes neurais e  mudar o padrão de suas conexões por toda a vida.

     A ginástica cerebral favorece a estimulação e  a produção de nutrientes que desenvolvem as células do cérebro, tornando-o mais jovem e  mais robusto. A neuróbica  pode  ser realizada por crianças, jovens e adultos através de exercícios programados e personalizados pod

    A perda das funções mentais pode não resultar da morte de células nervosas – o que ocorre, inevitavelmente, com a idade -, mas sim da redução do número de conexões entre elas.  Os exercícios, praticados pela neuróbica estimulam a formação de novas  sinapses - regiões dos neurônios responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos entre as células. Isto propicia procesos de aprendizagem permanente. 
     Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso: limitam o cérebro. Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios "cerebrais" que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa.
    O  avanço da idade vai restringindo a capacidade de formar novas sinapses podendo também perder  as antigas por falta de uso.
     Facilitar atividades que facilitem a quebra de hábitos rotineiros, como andar de costas e movimentar os braços em dessincronia, ajudam a manter o cérebro ativo, vivo e criativo.
    O objetivo principal da Neuróbica é  manter  a capacidade, força e flexibilidade mental de modo prático, simples e acessível. Pode ser uma grande e deliciosa brincadeira. É uma forma natural de o cérebro  formar associações entre diferentes tipos de informações.
    Que tal experimentar usar o relógio de pulso no braço direito e de cabeça para baixo. Que tal escovar os dentes com a mão esquerda, se for destro, ou com a mão direita, se for canhoto? Ou vestir-se vestir-se de olhos fechados? Também vale fazer combinações gastronômicas inusitadas para estimular o paladar. Vale misturar maionese com leite condensado.
    A proposta da neuróbica é  quebrar a rotina mudando o comportamento rotineiro. Por isso, é recomendável virar fotos de cabeça para baixo para concentrar a atenção, usar um novo caminho para ir ao trabalho, conversar com o vizinho que nunca dá bom dia, interagir com pessoas desconhecidas são ações que levam a novas reações emocionais.

    A Neuróbica se dá através de processos que tornem o cérebro mais flexível.Ao fazer isso, circuitos quase nunca ativados da rede associativa do seu cérebro são utilizados, aumentando a flexibilidade mental. 

            Podemos arquivar uma informação na memória de longo prazo  quando esta  informação possui um significado emocional  mais intenso. Emoções agradáveis facilitam os processos de gravação na memória e constitui base importante para a Neuróbica.
A Neuróbica pode ajudar a acessar o arquivo de memórias e manter sua criatividade ativa

Ativando o cérebro

             Para desenvolver a região cerebral  responsável pela atenção( lobos frontais do cérebro)  planejamento e na criatividade. Você pode começar escrevendo ou desenhando uma história. Pode também imaginar-se em lugares  diferentes afastando-se do presente e do local onde está através da imaginação. Quanto mais ricas forem as imagens mentais que criar, maior quantidade de conexões nerais serõ ativadas.
                O exercício abaixo ativa muitas áreas cerebrais. Sente-se, de modo  confortável,  afastando recordações negativas e reconstrua mentalmente a história da sua infância. Escolha  recordações e forme uma narrativa coerente. Tente lembrar-se dos cheiros, sons, cores, locais, animais e pessoas que fizeram parte do seu passado.E escreva essa historia para reforçar suas recordações.
                Para desenvolver  as áreas envolvidas com  raciocínios lógicos ( hemisfério esquerdo): Imagine objectos e, mentalmente, deforme-os, altere-lhes o peso e a textura (imagine, por exemplo, uma pêra quadrada ou com anéis à volta como Saturno). Puxe pela imaginação e brinque com formas, medidas e pesos.
     Para desenvolver a percepção:  Pegue em objetos  familiares, feche os olhos e visualize-os mentalmente, utilizando o tacto para detectar a textura, ângulos, forma, peso e temperatura. Este exercício envolve várias áreas sensoriais.
     Para desenvolver o córtex cerebral
        De olhos fechados escreva o seu nome numa folha. Em seguida,  tente escrever palavras e frases cada vez mais complexas.
     Não se preocupe com o resultado final, pois o objectivo é que o córtex visual desenvolva um maior esforço, melhorando a sua percepção visual.

Exercícios mentais

O desafio da Neuróbica é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional. Exemplo de exercícios:
  • Use o relógio de pulso no braço direito;
  • Ande pela casa de trás para frente;
  • Vista-se de olhos fechados;
  • Estimule o paladar, coma coisas diferentes;
  • Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em pormenores nos quais nunca tinha reparado;
  • Veja as horas num espelho;
  • Troque o mouse de lado;
  • Escreva ou escove os dentes utilizando a mão esquerda (se for destro)
  • Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual
  • Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro.
  • Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense en 25 adjectivos que ache que a descrevem e/ou ao tema fotografado.
  • Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu e concentre-se nos sabores mais subtis. No final, tire a prova dos nove junto do empregado.
  • Ao entrar numa sala onde esteja muita gente, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito. Identifique os objectos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os.
  • Seleccione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras.
  • Experimente jogar a qualquer coisa que nunca tenha tentado antes.
  • Compre um puzzle e tente encaixar as peças correctas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se progrediu.
  • Experimente memorizar aquilo que precisa de comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize mnemónicas ou separe mentalmente o tipo de produtos que precisa. Desde que funcionem, todos os métodos são válidos.
  • Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente!) nas conversas que tiver.
  • Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais de que se lembrar.
  • Ao ler uma palavra pense em cinco que comecem com a mesma letra.

Referência

Lawrence C. Katz & Rubin M. Mantenha seu cérebro vivo, tradução: Patrícia Lehmann, ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2000.

POSTE DA PAZ

                                                               Rosália  Monteiro

"Que a paz prevaleça na Terra"

Até hoje a humanidade não teve um só  dia sem guerra em algum lugar da Terra. Assim, após a devastação e horrores da Segunda Guerra Mundial, especialmente a grande tragédia provocada pelas bombas atômicas, lançadas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão;  o poeta e filósofo Masahisa Goi (1919 - 1980) rezava e meditava, buscando uma maneira de trazer a paz para todas as pessoas e povos. A prece Que a Paz Prevaleça na Terra, veio-lhe como uma inspiração. Ele concluiu que um simples pensamento sobre a paz já seria um impulso nessa direção. Esta mensagem pensada e rezada, ao menos uma vez ao dia, como uma prece ou profundo desejo surtiria, em nossa mente, um efeito benéfico e pacificador. Quem projetar, mentalmente, essa frase terá mais harmonia e paz dentro de si - pensava ele - e a irradiará para os demais, procurando viver dentro do espírito que tais palavras inspiram. Em 1955, Masahisa Goi funda, no Japão, uma instituição dedicada `a divulgação de suas ideias.
O Poste da Paz é um obelisco (tipo de monumento) que objetiva conscientizar sobre a importância da PAZ como meio de sobrevivência planetária.  É também a lembrança de nosso compromisso com a vida harmônica e um ponto de encontro entre todos que se orintam para a vida pacífica.
O Poste da Paz foi “plantado” na Escola Municipal Teófilo Moreira da Costa no Dia Internacional da Paz, 21de setembro, como culminância do Projeto Meditação para a Paz na Escola. Este Projeto  vem sendo realizado desde 1994 na comunidade Novo Palmares e desde 2012 na escola.  Hoje, este Projeto está vinculado ao Programa de Saúde Mental proposto pela Secretaria Municipal de Educação. Em nossa escola, diretoria, professores, alunos e funcionários apoiaram e se mobilizaram, alegremente, para a realização desta iniciativa pioneira na rede municipal prol da cultura de Paz.  Bandeirinhas de orações foram estendidas junto ao Poste da Paz com as bênçãos de monge budista  do templo Karma Theksun Chokhorling.
Nosso propósito é incentivar a paz interna e a paz externa através de reflexões críticas sobre a realidade promovendo ações educativas  em favor da não violência.
Localizado em frente à Sala de Leitura ( sugestão de querida e dedicada  prof.a Luísa Margarete), cercado por  flores, plantadas por alunos e professores, o Poste da Paz é um símbolo do espírito de convivialidade na comunidade escolar e um lembrete permanente de que a possiblidade de paz começa em cada um de nós.
Somos responsáveis pela Paz. Ao erigirmos o Poste da Paz em nossa Escola, entramos  em comunhão com milhares de pessoas de vários países: homens, mulheres, jovens e crianças que cultivam e rezam pela Paz  realizando ações geradoras de Paz.
Divulgue esta ideia. Reze pela paz. Realize ações pacificadoras e construtoras de Paz.


Embora a nossa volta existam tantas evidências de  agressividade, em nossa escola, uma bela e amorosa  mensagem de paz está florescendo na Escola Municipal  Prof.  Teófilo Moreira da Costa porque estamos convictos de que a PAZ é o maior valor para a vida mais plena.